"Na semana passada já não tínhamos produtos farmacêuticos básicos e fundamentais, como antibióticos, e há médicos sem receber há meses", admitiu um dos sócios da Lusipaços, o espanhol José Ignácio Lopes.
Na origem da asfixia financeira estará o alegado incumprimento da Misericórdia na transferência regular das verbas relativas ao Sistema Nacional de Saúde (SNS) para a Lusipaços. Apesar de ser privado, o hospital de Valpaços funciona como se fosse público, graças ao acordo que a Misericórdia mantém com a Administração Regional de Saúde. E, por isso, é na conta da Santa Casa que são depositadas as comparticipações do Estado relativas aos doentes do SNS. "Não sei se o atraso é da Administração Regional de Saúde se é da Misericórdia, o que sei é que não estamos a receber com a periodicidade de antes", garantiu José Ignácio, revelando que, no final de Setembro, a dívida da Misericórdia à empresa ascendia aos 1,1 milhões de euros.
O JN tentou ouvir o provedor da Misericórdia sobre o conflito, que, para já sem sucesso, está a ser mediado pelo presidente da Câmara. No entanto, Eugénio Morais não quis comentar o assunto, remetendo explicações sobre as "ilegalidades" da Lusipaços para ocasião "oportuna".
in: JN
Sem comentários:
Enviar um comentário