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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Trabalhadores exigem salários em atraso


Fartos de promessas não cumpridas, esta segunda-feira, 8 de Novembro, alguns trabalhadores de uma empresa de construção civil sedeada em Valpaços, barraram a saída de veículos e só deixaram o local com a chegada da GNR.

Dizem que a empresa está em “estado de coma há muito tempo, mas ninguém desliga a máquina”. Têm vários meses de salários em atraso e suplementos, mas já não acreditam no que diz a administração que “antes pagavam às pinguinhas, agora dizem que é para semana, e depois para a outra, mas nunca paga”, referiu Miguel Cunha, um dos trabalhadores lesados, que já laboravam com membros da administração há cerca de 15 anos, desde o tempo em que a empresa nasceu, na Alemanha.

Segundo os manifestantes, há cerca de um ano eram aproximadamente quarenta funcionários, incluindo os administrativos, hoje são pouco mais de uma quinzena. “Não pagaram indemnizações a ninguém. Já disseram que não pagariam e alguns já foram para casa à espera da reforma, outros já arranjaram trabalho noutro sítio, outros estão à procura de emprego”, comentou o ex-trabalhador da Flaviconstrói.

A administração da empresa é acusada de má fé e de não dar aos trabalhadores o que têm direito, sendo que a maior parte deles tem, como o comum dos portugueses, empréstimos bancários e outras despesas mensais, que dependem dos seus ordenados.

Problema já se arrasta há um ano

Os trabalhadores já sentem dificuldades há algum tempo, quando os ordenados deixaram de ser pagos todos de uma vez, mas às prestações, e os subsídios eram pagos, quando eram, meses depois. “A quem reclamava pelos seus direitos pagavam ainda mais tarde como forma de retaliação. Chegou a haver situações em que diziam a um trabalhador que tinha férias para gozar, depois ele gozava-as e quando chegava apresentavam-lhe a carta de despedimento por faltas injustificadas. As pessoas são simples e acreditavam neles”, referiu o ex-trabalhador.

As previsões de falência foram ainda mais evidentes quando alguns trabalhadores, fornecedores e outras entidades valpacenses receberam uma carta anónima, com fotocópias de documentos, que davam conta dos mesmos administradores a constituírem uma outra empresa, com o nome de Valgaia, em Abril passado, com sede em Bragança. Esta seria, segundo os trabalhadores, a forma encontrada para não pagar as dívidas à segurança social, instituições bancárias, finanças, fornecedores, entre outros. A referida empresa foi constituída, segundo o documento, “como sociedade anónima, em nome de familiares dos actuais proprietários da Flaviconstrói, incluindo filhos menores de idade, com o objectivo de transferir todos os bens de uma empresa para a outra”.

As dívidas para com os trabalhadores podem rondar os milhares de euros, mas ao que se conseguiu apurar as dívidas para com os fornecedores são bastante maiores, e os trabalhadores não entendem como não há dinheiro para os pagamentos. “Têm imóveis em Valpaços, Chaves, Carrazedo de Montenegro e Vinhais, compravam veículos e materiais. Trabalho nunca nos faltou. Acabávamos uma obra, íamos logo para outra. Que fizeram ao dinheiro?”, questiona Miguel Cunha.

Para ajudar a empresa, “tirá-la do buraco”, segundo explicou o ex-trabalhador, foi até criado um “banco de horas”, em que cada trabalhador laborava uma hora a mais por dia e depois essas horas podiam converter-se em dias de folga ou pagas, mas “nós fizemos a nossa parte, mas eles não fizeram a deles”, referiu. Na alimentação também há queixas: “nós adiantávamos o dinheiro, pagávamos do nosso bolso o almoço que poderia ser de 6 euros ou mais. Eles, quando pagavam, e tardiamente, pagavam a 5,50 euros, mas se pelo menos fosse a horas”, explicou o ex-funcionário.

A administração queixa-se, segundo os funcionários, que as entidades para as quais prestaram serviços não liquidaram as contas, tais como autarquias. Contactada pel’ A Voz de Chaves o autarca valpacense, Francisco Tavares, garantiu que “as contas para com a Flaviconstrói estão em dia, sobretudo a mais significativa, resultante da construção da biblioteca municipal, no valor de cerca de um milhão de euros. Poderá haver alguma dívida, mas pouco significativa”.

A administração, esta segunda-feira, enquanto ex-trabalhadores e GNR se encontravam na sede da empresa, prometeu que o problema seria resolvido esta semana, mas até ao fecho desta edição não nos foi possível saber se cumpriram com a promessa.

A Voz de Chaves tentou chegar à fala com algum responsável da empresa, mas nem sequer conseguiu falar com nenhum funcionário administrativo porque apesar das várias tentativas de chamadas, nenhuma foi atendida.


in: Diário Atual

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