Há 21 anos um acidente provocou um verdadeiro terramoto na sua vida e colocou-o numa cadeira de rodas. Desde então, a luta de José Luís Dias foi ter uma casa que lhe permitisse alguma independência. O sonho tornou-se realidade graças à ajuda de particulares e também da Câmara Municipal de Valpaços.
Depois de ter ficado numa cadeira de rodas, após um acidente na madrugada de 11 de Fevereiro de 1989, José Luís Dias, de Carrazedo de Montenegro, viu agora um sonho concretizado. Uma casa sem barreiras físicas, que permitem circular de um lado para o outro. Graças ao apoio de particulares e autarquia valpacense, José Luís pôde comemorar o aniversário numa casa que lhe deu outra alegria para viver.
Com 22 anos e uma vida pela frente viu-se, numa cadeira de rodas, entre quatro paredes, sem poder mover-se para onde e quando quisesse. Durante cerca de 8 anos viveu isolado do mundo, num quase “viver por viver”, procurando um sentido para a vida. “Foi como se tivesse vindo um terramoto e tivesse deitado tudo ao chão. Tive de reconstruir tudo de novo”, comentava José Luís, que perdeu os amigos, ou porque ele deixou de poder sair e deixou de comunicar, ou porque eles também o deixaram de procurar.
Depois de ter ficado numa cadeira de rodas, após um acidente na madrugada de 11 de Fevereiro de 1989, José Luís Dias, de Carrazedo de Montenegro, viu agora um sonho concretizado. Uma casa sem barreiras físicas, que permitem circular de um lado para o outro. Graças ao apoio de particulares e autarquia valpacense, José Luís pôde comemorar o aniversário numa casa que lhe deu outra alegria para viver.
Com 22 anos e uma vida pela frente viu-se, numa cadeira de rodas, entre quatro paredes, sem poder mover-se para onde e quando quisesse. Durante cerca de 8 anos viveu isolado do mundo, num quase “viver por viver”, procurando um sentido para a vida. “Foi como se tivesse vindo um terramoto e tivesse deitado tudo ao chão. Tive de reconstruir tudo de novo”, comentava José Luís, que perdeu os amigos, ou porque ele deixou de poder sair e deixou de comunicar, ou porque eles também o deixaram de procurar.
Após um tempo que parecia não ter fim em casa, o Zé Luís, como habitualmente o tratam, ingressou na Escola EB 2/3 José dos Anjos, onde actualmente é Auxiliar de Acção Educativa.
Há cerca de 9 anos que trabalha na biblioteca daquela instituição de ensino. Da sua rotina diária fazia parte, até à semana passada, um ritual que deixa qualquer um desolado. A mãe, de 73 anos de idade, com quem vive, estendia várias passadeiras em mais de uma dezena de degraus que separavam o quarto de José Luís da porta de entrada da casa. Tinha uma cadeira de rodas no cimo das escadas e outra, mais velha, no fim. Sozinho, com as dificuldades que a pouca mobilidade do corpo lhe permitem, descia e subia “meio arrastado” aquilo que mais parecia “uma montanha”. Mas uma expressão já é mais que conhecida da boca de José Luís: “Quando as coisas não se adaptam a nós, temos de ser nós a adaptar-nos”.
Depois de lhe ter sido oferecido o terreno para que pudesse ver concretizado o sonho de construir uma casa rasteira, adaptada às suas necessidades, há alguns anos que esperava o “resto”, pois como único sustento da casa não lhe era concedido empréstimo bancário.
A Câmara Municipal de Valpaços providenciou o projecto e passado algum tempo surge na vida do carrazedense o Sr. Almeida, assim ficou conhecido por terras de montenegro, que ofereceu o dinheiro para pagar a mão-de-obra na construção da casa, enquanto a autarquia ofereceu o material.
No dia da inauguração, no passado domingo, 10 de Outubro, foram vários os amigos do Zé Luís que se reuniram para partilhar um momento único, para além de festejar o seu 43.º aniversário.
Pondo de parte o humor a que já habituou com quem convive, José Luís emocionou todos ao agradecer mais um sonho concretizado: “Tive uma vida até aos 21 anos. Outra até aos 43. Esta é a minha terceira vida”.
Antes de se cantarem os parabéns, o autarca valpacense, Francisco Tavares, salientou a coragem e a paciência do Zé Luís ao longo de todos os anos de espera. “Esta é a verdadeira obra de interesse social”, concluiu Francisco Tavares agradecendo todos os que tornaram possível o sonho do José Luís.
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