A residência do casal passou a ser, há alguns anos, alvo de transformações. Com os dois filhos maiores de idade a viver no estrangeiro, o homem, 52 anos, operário da construção civil, decidiu impedir a saída da mulher de qualquer maneira. Não só colocou um cadeado nos portões, como deixava pedras em cima para saber se havia vestígios de movimento. Dentro de casa era igual: marcava os estores das janelas da marquise para saber se os abria.
Antes de ir para o trabalho, trancava a mulher e levava as chaves. "Sempre foi ciumento e agredia-a desde que se casaram. Agora voltou outra vez, mas parece que ainda está pior", contou ao CM uma familiar do homem.
As poucas vezes que a mulher saía de casa era para pedir ajuda quando tinha sido novamente agredida. "Uma vez chegou aqui * com a cabeça toda em sangue. Ele bate com vassouras e paus. Não sei como ela aguenta", disse outra familiar.
‘Maria’ ainda não pediu a separação, mas já pediu refúgio aos filhos. Até lá, continua a viver em Valpaços com o marido.
*Vizinhas de "Maria" conhecem as histórias de maus tratos, mas nunca presenciaram qualquer agressão. Na casa o portão está fechado a cadeado
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